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Grupos de trabalho

1. Gênero nas Ciências Humanas: perspectivas e desafios da pesquisa

Coordenador: Walter Braga (doutorando do Programa de Pós-Graduação em História – UFC)

 

RESUMO: permitir aos pesquisadores uma aproximação com a variedade de pesquisas desenvolvidas com o uso da categoria gênero na atualidade e dentro do conjunto das ciências humanas.

 

JUSTIFICATIVA: O objetivo deste simpósio é familiarizar os pesquisadores que utilizam a categoria gênero em suas pesquisas com as possibilidades de interpretação e análise trazidas pelo conjunto das ciências humanas. Os estudos de gênero, entendidos em sua interdisciplinaridade, permitem uma reflexão densa sobre os usos da categoria e seus impactos na produção intelectual voltada para as demandas de uma sociedade cada vez mais atenta às transformações nas relações entre mulheres e homens.

 

Bibliografia:

MATOS, Marlise. Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. Revista Estudos Feministas. 2008, vol.16, nº 2, p.333-357.

PINSKY, Carla Bassanezi. Estudos de gênero e história social. Revista Estudos Feministas. 1999, vol. 7, nº 1, p.159-189.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. 1995, vol. 20, nº 2, p.71-99.

 

2.Gênero e Direitos Humanos: desafios e possibilidades para a educação.

Coordenadora: Raquel Caminha (doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História – UFC)

 

RESUMO: A proposta deste simpósio é socializar a produção de pesquisas em gênero e direitos humanos em experiências de abordagens educativas, assim como viabilizar o diálogo entre movimentos sociais, universidades, escolas e gestões em educação. Através da compreensão de como as relações de gênero são elementos constitutivos do mais diferenciados processos escolares, objetivamos estimular e fortalecer ações, atividades e estruturar materiais educativos sobre educação em direitos humanos.

 

JUSTIFICATIVA: A problemática do gênero é muitas vezes ignorada dentro do âmbito escolar. A naturalidade tão fortemente construída em torno desta questão legitima a produção de diferenças e faz com que a abordagem sobre gênero e sexualidade seja omitida/negada na escola permitindo a perpetuação de um mecanismo de classificação, hierarquização e ordenamento dos indivíduos (LOURO, 2012). As questões da diversidade devem ser (re) conhecidas, compreendidas e abordadas no ambiente escolar à luz dos direitos humanos.  A Educação em Direitos Humanos é concebida e definida pelos Planos Nacionais de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) de 2003 e 2006, por sua recente promoção dentro do espaço escolar, fruto das reivindicações de diversos grupos, podem constituir um novo foco para uma reflexão sobre a compreensão da instituição escolar através da perspectiva das relações gênero.

 

BIBLIOGRAFIA:

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2012.

LOIOLA, Luís Palhano. Diversidade sexual: perspectivas educacionais. Fortaleza: UFC Edições, 2006.

RIBEIRO, Mara Rejane e RIBEIRO, Getúlio. Educação em direitos humanos e diversidade: diálogos interdisciplinares. Maceió: EDUFAL, 2012;

 

3. Gênero, movimentos sociais e teoria queer: aproximações e tensões.

Coordenador: Elias Ferreira Veras (Doutorando em História UFSC)

Debatedor: Tel Cândido (UECE)

 

RESUMO:

Nas últimas décadas a historiografia tem incorporado a categoria gênero como útil para a análise histórica (SCOTT, 1990). Tal mudança aponta para uma série de transformações políticas (movimentos feministas, gays, lésbicos e trans) e epistemológicas (estudos pós-estruturalistas, estudos pós-coloniais, estudos queer) que traduzem novas formas de fazer política e de escrita da história. A partir de um olhar de gênero percebem-se as múltiplas relações de poder que constituem as experiências dos sujeitos no tempo. Nesse sentido, este GT acolhe trabalhos que analisam, a partir de diferentes campos do conhecimento (História, Ciências Sociais, Educação, Filosofia), os diversos movimentos sociais (feminista, anarquista, indígena, de trabalhadores/as, de mulheres, de negros/as, LGBT), pensados em suas interseções de classe, raça, geração etc. O presente GT propõe ainda uma reflexão sobre os efeitos da teoria queer (BUTLER, 2003) na forma escrever sobre os movimentos sociais.

 

BIBLIOGRAFIA:

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. Nordestino - uma invenção do falo. Uma história do gênero masculino (Nordeste – 1920-1940). Maceió: Edições Catavento, 2003.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

 _____________. Cuerpos que inportan. Sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidís, 2002.

LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer - uma política pós indentitária para a educação. Revista Estudos Feministas. Vol. 9, n.2/2001, p. 541-553.

NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Estudos Feministas. Florianópolis, vol.8, n.2, p. 09-41 Florianópolis: UFSC, 2009.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. Revista História. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

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